Há 10 anos atrás, num dia das mães... Era um dia especial; Fernanda foi batizada neste dia. Estava na festa do batizado quando recebi a notícia mais triste de minha vida: meu tio Zé havia falecido. Foi assassinado em sua floricultura por animais. Foi alvejado por disparos de arma de fogo sem ter reagido. DESABEI. Chorei muito antes de ir encontrar-me com minha família. Não conseguia entender como seres bons nos são tirados enquanto seres inúteis e desprezíveis permanecem fazendo número neste mundo e prejudicando a harmonia no planeta. Tio Zé, para mim... Moura para outras pessoas... era muito especial. Era desses seres que se importavam com o bem estar dos outros. Mesmo tendo um comércio, sempre dava um jeitinho de nos visitar em Santo André. Tínhamos um laço muito forte. Corintiano como eu, sempre estava de bom humor (não como eu!). Era jovem. Ia completar 50 anos em julho de 2000. Não tenho mais contato com minha tia e nem com meus primos. Nunca fomos tão próximos. José Gonçalves de Moura deixou esposa, 2 filhos e na época, 2 netos. Devem sentir muito a falta dele. Escrevo aqui com lágrimas nos olhos, imaginando como ele não estaria hoje. Talvez eu e minha família pudéssemos estar mais unidos. Ele sempre procurava apaziguar os ânimos e mediava a reconciliação entre todos. Talvez por ele, sempre deixava as diferenças para trás, coisa que não consigo mais fazer. Sinto saudades dele. Muita mesmo. Desde então, o Dia das Mães não tem sido o mesmo para mim.
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